As mulheres de hoje estão destronando o mito da feminilidade; começam a afirmar concretamente sua independência; mas não é sem dificuldade que conseguem viver integralmente sua condição de ser humano. Educadas por mulheres, no seio de um mundo feminino, seu destino normal é o casamento que ainda as subordina praticamente ao homem; o prestigio viril está longe de ser apagado: assenta ainda em sólidas bases econômicas e sociais. É pois necessário estudar com cuidado o destino tradicional da mulher. Como a mulher faz o aprendizado de sua condição, como a sente, em que universo se acha encerrada, que evasões lhe são permitidas, eis o que procurarei descrever. Só então poderemos compreender que problemas se apresentam às mulheres que herdeiras de um pesado passado, se esforçam por forjar um futuro novo. Quando emprego as palavras "mulher" ou "feminino não me refiro evidentemente a nenhum arquétipo, a nenhum essência imutável; após a maior parte de minhas afirmações cabe subentender: " no estado atual da educação e dos costumes".
Não se trata aqui de enunciar verdades eternas, mas de descrever o fundo comum sobre o qual se desenvoilve toda a existência feminina singular.
Texto retirado da Introdução - Beauvoir S - O Segundo Sexo
enviado por
Thereza Ferraz - Psicóloga
segunda-feira, 28 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Otimas notícias do STF
A possibilidade de suspensão do processo para casos enquadrados na Lei Maria da Penha foi barrada por votos de tod@s @s ministr@s. Tod@s argumentaram sobre a importância da Lei, defenderam sua constitucionalidade e falaram sobre a necessidade de dar a ela interpretações que sejam favoráveis à promoção da igualdade entre homens e mulheres. É um ótimo sinal, considerando que temos duas ações sobre a LMP no STF
Além dessa votação que já nos dá muito para comemorar, o ministro Marco Aurélio de Mello nos afirmou que as duas ações sobre a LMP que tramitam no STF serão julgadas em breve. Lembrando que uma delas solicita a reafirmação da constitucionalidade da Lei, e a outra solicita que o STF se pronuncie contra a prática de retirar a queixa permitida por alguns tribunais. Desta forma, parece que as ações serão julgadas em um momento favorável para nós!
Ele também disse que a tramitação da ação sobre anencefalia estava bloqueada no STF, mas que agora voltou a tramitar. Então, fiquemos atentas para ver se ela entra na pauta do STF.
No Congresso Nacional:
Esta semana participamos do Seminário de Defesa da LMP na Câmara dos Deputados. A AMB esteve muito bem representada pela Analba, que relembrou às deputadas o compromisso de não alterar a lei que elas fizeram em 2009.
Saímos muito satisfeitas porque havia cerca de 15 deputadas assistindo, a maioria delas nova no Congresso Nacional. A deputada Dalva Figueiredo (PT-AP) que é autora de um projeto de lei que altera a LMP falou com Analba que está aberta a dialogar mudanças no projeto.
Além disso, estão sendo recolhidas, no Senado, assinaturas para uma CPI sobre Violência contra as Mulheres. Ela deve abordar os problemas na aplicação da LMP e outros crimes contra as mulheres, como o tráfico.
Também nessa semana, a deputada Iracema Portella (PP-PI) solicitou uma conversa com o CFEMEA para estreitarmos laços. Tivemos uma ótima surpresa, porque a deputada não só se comprometeu a não mudar a LMP, como também a conversar com as demais parlamentares neste sentido. Além disso, ela está na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara e está interessada em barrar lá os projetos retrógrados para os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Vamos torcer pra que ela seja mais uma aliada!!!
Na SPM:
Após a sessão no STF, Analba conversou com a ministra Iriny Lopes sobre a proposta de realizar uma audiência pública de avaliação dos 5 anos de existência da LMP. A ministra aprovou a sugestão.
Nossa mobilização tem dado resultados!!! Agora é continuar fazendo barulho!!!
Além dessa votação que já nos dá muito para comemorar, o ministro Marco Aurélio de Mello nos afirmou que as duas ações sobre a LMP que tramitam no STF serão julgadas em breve. Lembrando que uma delas solicita a reafirmação da constitucionalidade da Lei, e a outra solicita que o STF se pronuncie contra a prática de retirar a queixa permitida por alguns tribunais. Desta forma, parece que as ações serão julgadas em um momento favorável para nós!
Ele também disse que a tramitação da ação sobre anencefalia estava bloqueada no STF, mas que agora voltou a tramitar. Então, fiquemos atentas para ver se ela entra na pauta do STF.
No Congresso Nacional:
Esta semana participamos do Seminário de Defesa da LMP na Câmara dos Deputados. A AMB esteve muito bem representada pela Analba, que relembrou às deputadas o compromisso de não alterar a lei que elas fizeram em 2009.
Saímos muito satisfeitas porque havia cerca de 15 deputadas assistindo, a maioria delas nova no Congresso Nacional. A deputada Dalva Figueiredo (PT-AP) que é autora de um projeto de lei que altera a LMP falou com Analba que está aberta a dialogar mudanças no projeto.
Além disso, estão sendo recolhidas, no Senado, assinaturas para uma CPI sobre Violência contra as Mulheres. Ela deve abordar os problemas na aplicação da LMP e outros crimes contra as mulheres, como o tráfico.
Também nessa semana, a deputada Iracema Portella (PP-PI) solicitou uma conversa com o CFEMEA para estreitarmos laços. Tivemos uma ótima surpresa, porque a deputada não só se comprometeu a não mudar a LMP, como também a conversar com as demais parlamentares neste sentido. Além disso, ela está na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara e está interessada em barrar lá os projetos retrógrados para os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Vamos torcer pra que ela seja mais uma aliada!!!
Na SPM:
Após a sessão no STF, Analba conversou com a ministra Iriny Lopes sobre a proposta de realizar uma audiência pública de avaliação dos 5 anos de existência da LMP. A ministra aprovou a sugestão.
Nossa mobilização tem dado resultados!!! Agora é continuar fazendo barulho!!!
Procuradora da Mulher quer fortalecer Lei Maria da Penha
Brizza CavalcanteDep. Elcione Barbalho (PMDB-PA)
Em sua posse na Procuradoria Especial da Mulher, nesta terça-feira (22), a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) se comprometeu a trabalhar junto ao Ministério Público e ao Judiciário para fortalecer a aplicação da Lei Maria da Penha (11.340/06). “A violência contra a mulher é uma ofensa à dignidade humana e a primeira manifestação de desigualdade entre gêneros”, afirmou.
Elcione Barbalho disse que a procuradoria também irá atuar em conjunto com “movimentos históricos” de defesa dos direitos das mulheres e com as assembleias legislativas. De acordo com a deputada, “uma das maiores formas de discriminação e desigualdade entre homens e mulheres está na ocupação de posições de poder”. Ela lembrou que, enquanto as mulheres são maioria na população, nas universidades e em aprovação em concursos públicos, estão em minoria nos postos de comando.
Também presente na solenidade, a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, destacou que a criação da procuradoria, em 2009, representou uma conquista da bancada feminina. “Nada vem de graça, e a procuradoria foi fruto da organização, da persistência, da forma aguerrida como as mulheres se colocam”, disse a ministra, que se licenciou do mandato de deputada federal para assumir o cargo no Executivo, no início deste ano.
Tomaram posse também as deputadas Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), Flávia Morais (PDT-GO) e Sandra Rosado (PSB-RN) como primeira, segunda e terceira-adjuntas, respectivamente.
Reportagem - Maria Neves
Edição – Daniella Cronemberger
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'
Em sua posse na Procuradoria Especial da Mulher, nesta terça-feira (22), a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) se comprometeu a trabalhar junto ao Ministério Público e ao Judiciário para fortalecer a aplicação da Lei Maria da Penha (11.340/06). “A violência contra a mulher é uma ofensa à dignidade humana e a primeira manifestação de desigualdade entre gêneros”, afirmou.
Elcione Barbalho disse que a procuradoria também irá atuar em conjunto com “movimentos históricos” de defesa dos direitos das mulheres e com as assembleias legislativas. De acordo com a deputada, “uma das maiores formas de discriminação e desigualdade entre homens e mulheres está na ocupação de posições de poder”. Ela lembrou que, enquanto as mulheres são maioria na população, nas universidades e em aprovação em concursos públicos, estão em minoria nos postos de comando.
Também presente na solenidade, a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, destacou que a criação da procuradoria, em 2009, representou uma conquista da bancada feminina. “Nada vem de graça, e a procuradoria foi fruto da organização, da persistência, da forma aguerrida como as mulheres se colocam”, disse a ministra, que se licenciou do mandato de deputada federal para assumir o cargo no Executivo, no início deste ano.
Tomaram posse também as deputadas Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), Flávia Morais (PDT-GO) e Sandra Rosado (PSB-RN) como primeira, segunda e terceira-adjuntas, respectivamente.
Reportagem - Maria Neves
Edição – Daniella Cronemberger
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'
segunda-feira, 21 de março de 2011
Cimena e Cultura Gratis
Uma tela no meu bairro
•Quinta-feira - 10/03 - 18h30 - Vida de menina
Direção: Helena Solberg - Drama - 101 min Tendo como pano de fundo um Brasil que acaba de abolir a escravatura e proclamar a República, Helena Morley começa a escrever o seu diário, que nos revela seu universo e um país que adolesce com a menina. Helena vive na remota cidade de Diamantina em Minas Gerais, símbolo da era de mineração agora em franca decadência. Em um momento crítico de sua vida, ela briga para estabelecer sua liberdade e individualidade.
•Quinta-feira - 17/03 - 18h30 - A pessoa é para o que nasce
Direção: Roberto Berliner - Drama - 85 min
Três irmãs cegas. Unidas por esta incomum peripécia do destino, Regina, Maria e Conceição viveram toda sua vida cantando e tocando ganzá em troca de esmolas nas cidades e feiras do Nordeste do Brasil. O filme acompanha os afazeres cotidianos destas mulheres, revela suas curiosas estratégias de sobrevivência e o efeito do cinema em suas vidas transformando-as em celebridades.
•Quinta-feira - 24/03 - 18h30 - Bagdad café
Direção: Percy Adlon - Drama - 95 min
Depois de brigar com seu marido e abandoná-lo na estrada, a turista alemã Jasmin (Marianne Sägebrecht) caminha pelo deserto do Arizona até chegar ao posto-motel Bagdad Café. Recebida com aspereza por Brenda (CCH Pounder), a dona do local que acabou de colocar o marido para fora de casa, Jasmin aos poucos se acostuma com os clientes e hóspedes do motel.
•Quinta-feira - 31/03 - 18h30 - Crime delicado
Direção: Beto Brand - Drama - 87 min
Antônio Martins (Marco Ricca) é um crítico teatral. Observador também de pessoas, tem seus conceitos mudados quando conhece Inês (Lilian Taublib), cuja personalidade é oposta à do crítico. Desinibida, Inês entra na vida de Antônio de forma a desestruturá-lo ao despertar uma paixão. Ela mantém um relacionamento com o pintor José Torres Campana (Felipe Ehrenberg), que a usa como musa de seus quadros. A relação desperta ciúme doentio em Antônio e o conduz em uma espiral de ansiedade, ciúme, perturbação e ilusão.
•Quinta-feira - 10/03 - 18h30 - Vida de menina
Direção: Helena Solberg - Drama - 101 min Tendo como pano de fundo um Brasil que acaba de abolir a escravatura e proclamar a República, Helena Morley começa a escrever o seu diário, que nos revela seu universo e um país que adolesce com a menina. Helena vive na remota cidade de Diamantina em Minas Gerais, símbolo da era de mineração agora em franca decadência. Em um momento crítico de sua vida, ela briga para estabelecer sua liberdade e individualidade.
•Quinta-feira - 17/03 - 18h30 - A pessoa é para o que nasce
Direção: Roberto Berliner - Drama - 85 min
Três irmãs cegas. Unidas por esta incomum peripécia do destino, Regina, Maria e Conceição viveram toda sua vida cantando e tocando ganzá em troca de esmolas nas cidades e feiras do Nordeste do Brasil. O filme acompanha os afazeres cotidianos destas mulheres, revela suas curiosas estratégias de sobrevivência e o efeito do cinema em suas vidas transformando-as em celebridades.
•Quinta-feira - 24/03 - 18h30 - Bagdad café
Direção: Percy Adlon - Drama - 95 min
Depois de brigar com seu marido e abandoná-lo na estrada, a turista alemã Jasmin (Marianne Sägebrecht) caminha pelo deserto do Arizona até chegar ao posto-motel Bagdad Café. Recebida com aspereza por Brenda (CCH Pounder), a dona do local que acabou de colocar o marido para fora de casa, Jasmin aos poucos se acostuma com os clientes e hóspedes do motel.
•Quinta-feira - 31/03 - 18h30 - Crime delicado
Direção: Beto Brand - Drama - 87 min
Antônio Martins (Marco Ricca) é um crítico teatral. Observador também de pessoas, tem seus conceitos mudados quando conhece Inês (Lilian Taublib), cuja personalidade é oposta à do crítico. Desinibida, Inês entra na vida de Antônio de forma a desestruturá-lo ao despertar uma paixão. Ela mantém um relacionamento com o pintor José Torres Campana (Felipe Ehrenberg), que a usa como musa de seus quadros. A relação desperta ciúme doentio em Antônio e o conduz em uma espiral de ansiedade, ciúme, perturbação e ilusão.
Convite livro fotos Rio São Francisco
ARTICULAÇÃO POPULAR SÃO FRANCISCO VIVO CONVIDA V.Sª. E SEUS FAMILIARES P/ O LANÇAMENTO DO LIVRO " O RIO SÃO FRANCISCO E AS ÁGUAS NO SERTÃO" - AUTOR: Fotógrafo JOÃO ZINCLAR.
LOCAL: Auditório das Irmãs Paulinas, Av. Afonso Pena - 2.142 - Funcionários - BH
HORÁRIO: 19:30 h.
DATA : 22 / março - "DIA MUNDIAL DA ÁGUA".
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DOS CANTADORES E VIOLEIROS:
JOACI ORNELAS, BILORA, LÁZARO MARIANO e DIMAS SOARES.
" CONVIVER COM O SEMI-ÁRIDO É A SOLUÇÃO"
LOCAL: Auditório das Irmãs Paulinas, Av. Afonso Pena - 2.142 - Funcionários - BH
HORÁRIO: 19:30 h.
DATA : 22 / março - "DIA MUNDIAL DA ÁGUA".
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DOS CANTADORES E VIOLEIROS:
JOACI ORNELAS, BILORA, LÁZARO MARIANO e DIMAS SOARES.
" CONVIVER COM O SEMI-ÁRIDO É A SOLUÇÃO"
UFMG debate sobre a ausência feminina na política
O Centro de Estudos Legislativos da UFMG realiza esta semana a
primeira edição do projeto Sessão Aberta em 2011, com o tema A
Política na ausência das mulheres: um estudo sobre recrutamento,
trajetórias/carreiras e comportamento legislativo de mulheres.
O evento acontece na próxima sexta-feira, 25, na sala 2.094 da
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, no campus Pampulha, de 14h
às 17h, com entrada franca.
O estudo tematiza a participação e representação política feminina,
com foco na ausência de mulheres nas instituições governamentais, mais
especificamente nos parlamentos.
A pesquisa investigou o recrutamento, trajetórias políticas e
comportamento legislativo apartir de entrevistas semi-estruturadas com
mulheres candidatas e deputadas eleitas para a Assembleia Legislativa
de Minas Gerais em 2006 e deputadas federais eleitas em 2004.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-5195.
http://www.ufmg.br/online/arquivos/018596.shtml
primeira edição do projeto Sessão Aberta em 2011, com o tema A
Política na ausência das mulheres: um estudo sobre recrutamento,
trajetórias/carreiras e comportamento legislativo de mulheres.
O evento acontece na próxima sexta-feira, 25, na sala 2.094 da
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, no campus Pampulha, de 14h
às 17h, com entrada franca.
O estudo tematiza a participação e representação política feminina,
com foco na ausência de mulheres nas instituições governamentais, mais
especificamente nos parlamentos.
A pesquisa investigou o recrutamento, trajetórias políticas e
comportamento legislativo apartir de entrevistas semi-estruturadas com
mulheres candidatas e deputadas eleitas para a Assembleia Legislativa
de Minas Gerais em 2006 e deputadas federais eleitas em 2004.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-5195.
http://www.ufmg.br/online/arquivos/018596.shtml
sábado, 12 de março de 2011
Liège Rocha é agraciada com o prêmio...
O Congresso Nacional realizou nesta terça-feira (1/03/2011) sessão solene para comemorar o Dia Internacional da Mulher e conceder o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz às cinco vencedoras do prêmio escolhidas em 2010. As agraciadas pelo premio foram a secretária de Relações Internacionais da Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM) e integrante da direção Executiva da União Brasileira de Mulheres (UBM) Liège Rocha, Chloris Casagrande, Maria José Silva, Maria Ruth Barreto e Carmem Helena Foro.
Quem é Liège Rocha? – Liège recebe o prêmio Bertha Lutz, pela sua intensa atividade na luta pela emancipação da mulher, em defesa de seus direitos e por políticas públicas para as mulheres, nestes últimos 30 anos. Sua história de dedicação à luta pela libertação das mulheres e de todo o povo a credenciou à premiação. Sua atividade vem se desenvolvendo deste o nível local, regional, nacional e internacional.
Maria Liège Santos Rocha iniciou sua militância quando estudante. Entrou na Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1967. Foi presidente do Diretório Acadêmico e presa no Congresso da UNE, em 1968, em Ibiúna-SP. Foi cassada da UFBA em 1969 por motivação política. Ficou clandestina de 1970 a 1976. Em 1976 foi uma das organizadoras do Movimento Feminino pela Anistia, juntamente com outras companheiras, na Bahia. Depois foi uma das Coordenadoras do Comitê Brasileiro pela Anistia na Bahia, sendo uma das organizadoras do 2º Congresso Nacional da Anistia, realizado em Salvador-BA.
No início da década de 80 integrou a Comissão Pró Organização do Movimento de Mulheres na Bahia, que organizou o 1º Encontro da Mulher Baiana, em 1982. Em 1985, em conjunto com outras companheiras, fez parte da Comissão que discutiu junto à Câmara Municipal de Salvador e da Assembléia Legislativa da Bahia, a criação, respectivamente, do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher. Neste mesmo ano, foi eleita Presidente da União de Mulheres de Salvador-BA.
Colaborou diretamente na criação da UBM, fundada em 1988, no seu 1º Congresso realizado em Salvador-BA, com a participação de 1.200 mulheres de todo o Brasil. E coordenou nacionalmente a entidade por duas gestões, de 1997 a 2003. É também diretora da revista ‘Presença da Mulher’, publicação da UBM.
Em janeiro de 1986, foi morar em São Paulo-SP, começando, a trabalhar no Conselho Estadual da Condição Feminina junto à Comissão de Trabalho da Mulher e depois no Centro de Documentação. Integrou a coordenação da Coordenadoria Especial da Mulher, criada no governo da Prefeita Luiza Erundina,em 1989, em São Paulo, sendo responsável em coordenar a área do trabalho doméstico e de implantação de lavanderias e restaurantes públicos.
A partir de 1994 passou a integrar o Conselho Estadual da Condição Feminina como Conselheira até o ano de 2007. Naquele mesmo ano, participou do processo brasileiro de preparação da V Conferência Mundial sobre a Mulher, promovida pela ONU, em Beijing-China, em 1995, onde participou tanto da Conferência como do Fórum de ONGs, realizado em Huairou-China.
Em 2002, integrou a Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Mulheres Brasileiras, juntamente com 10 articulações feministas nacionais que aprovou a Plataforma Política Feminista.
Foi Secretária Executiva Adjunta da Rede Nacional Feminista de Saúde de 2000 a 2002. Tendo participado da Coordenação da Campanha 28 de setembro pela legalização do aborto e do Encontro Internacional Mulher e Saúde, realizado em Toronto, em 2002.
Em 2003 foi trabalhar na Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), da Presidência da República, tendo como uma de suas principais responsabilidades, coordenar a área da saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos. Representou a SPM: no Conselho Nacional de População e Desenvolvimento, no Conselho Nacional de DST e AIDS, na Executiva do Pacto Nacional para a Redução da Mortalidade Materna- MS, no GT na Secretaria Especial de Direitos Humanos que discutiu o Programa Nacional de Enfrentamento à Violência contra o Idoso. Representou a SPM no Projeto de Cooperação Sul-Sul, entre o governo brasileiro e o governo do Haiti, referente ao enfrentamento à violência contra a Mulher, que culminou com a criação de uma delegacia de defesa da mulher, em Porto Príncipe.
Participou do processo de organização das duas Conferências Nacionais de Políticas Públicas para as Mulheres, promovida pela SPM/PR, participando da comissão de redação.
Atualmente faz parte do Comitê de Direção da FDIM-Federação Democrática Internacional de Mulheres, entidade internacional que congrega organizações de mulheres dos cinco5 continentes. Representa a FDIM no Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, integrando hoje o seu Grupo de Enlace. Participou de todos os FSM realizados no Brasil, onde a UBM realizou atividades próprias, tendo coordenado Mesas. Participou do Fórum Social das Américas, realizados em Caracas, Guatemala e Assunção, sempre participando das atividades de mulheres e dos movimentos sociais.
Em 2009 esteve junto à Comissão Tripartite para a revisão eleitoral, especialmente no que se refere às cotas para as mulheres, representando o Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos. A Comissão era composta por representantes do Executivo, Legislativo e Sociedade Civil.
Em março de 2010 esteve junto com a Delegação Brasileira e participou da 54ª Sessão sobre a Questão da Mulher, na ONU. Também integrou a Delegação Brasileira que participou da XI Reunião da CEPAL, realizada em julho, em Brasília. Nesta mesma reunião da Cepal foi atuante no Fórum de Organizações Feministas da América Latina e Caribe.
UBM - A UBM é uma organização não governamental e sem fins lucrativos, que está presente em todos os estados brasileiros. A UBM é filiada a Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos e à FDIM- Federação Democrática Internacional de Mulheres. É uma das entidades que compõe a Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais no Brasil e, atua em parceria com a Articulação de Mulheres Brasileiras e a Marcha Mundial de Mulheres. A UBM tem ainda representantes no Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher da SPM, no Conselho Nacional da Juventude da Secretaria Especial da Juventude da Presidência da República. É também parte integrante da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto e do seu grupo impulsor. Além de participar das Jornadas pela Legalização do Aborto.
Quem é Liège Rocha? – Liège recebe o prêmio Bertha Lutz, pela sua intensa atividade na luta pela emancipação da mulher, em defesa de seus direitos e por políticas públicas para as mulheres, nestes últimos 30 anos. Sua história de dedicação à luta pela libertação das mulheres e de todo o povo a credenciou à premiação. Sua atividade vem se desenvolvendo deste o nível local, regional, nacional e internacional.
Maria Liège Santos Rocha iniciou sua militância quando estudante. Entrou na Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1967. Foi presidente do Diretório Acadêmico e presa no Congresso da UNE, em 1968, em Ibiúna-SP. Foi cassada da UFBA em 1969 por motivação política. Ficou clandestina de 1970 a 1976. Em 1976 foi uma das organizadoras do Movimento Feminino pela Anistia, juntamente com outras companheiras, na Bahia. Depois foi uma das Coordenadoras do Comitê Brasileiro pela Anistia na Bahia, sendo uma das organizadoras do 2º Congresso Nacional da Anistia, realizado em Salvador-BA.
No início da década de 80 integrou a Comissão Pró Organização do Movimento de Mulheres na Bahia, que organizou o 1º Encontro da Mulher Baiana, em 1982. Em 1985, em conjunto com outras companheiras, fez parte da Comissão que discutiu junto à Câmara Municipal de Salvador e da Assembléia Legislativa da Bahia, a criação, respectivamente, do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher. Neste mesmo ano, foi eleita Presidente da União de Mulheres de Salvador-BA.
Colaborou diretamente na criação da UBM, fundada em 1988, no seu 1º Congresso realizado em Salvador-BA, com a participação de 1.200 mulheres de todo o Brasil. E coordenou nacionalmente a entidade por duas gestões, de 1997 a 2003. É também diretora da revista ‘Presença da Mulher’, publicação da UBM.
Em janeiro de 1986, foi morar em São Paulo-SP, começando, a trabalhar no Conselho Estadual da Condição Feminina junto à Comissão de Trabalho da Mulher e depois no Centro de Documentação. Integrou a coordenação da Coordenadoria Especial da Mulher, criada no governo da Prefeita Luiza Erundina,em 1989, em São Paulo, sendo responsável em coordenar a área do trabalho doméstico e de implantação de lavanderias e restaurantes públicos.
A partir de 1994 passou a integrar o Conselho Estadual da Condição Feminina como Conselheira até o ano de 2007. Naquele mesmo ano, participou do processo brasileiro de preparação da V Conferência Mundial sobre a Mulher, promovida pela ONU, em Beijing-China, em 1995, onde participou tanto da Conferência como do Fórum de ONGs, realizado em Huairou-China.
Em 2002, integrou a Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Mulheres Brasileiras, juntamente com 10 articulações feministas nacionais que aprovou a Plataforma Política Feminista.
Foi Secretária Executiva Adjunta da Rede Nacional Feminista de Saúde de 2000 a 2002. Tendo participado da Coordenação da Campanha 28 de setembro pela legalização do aborto e do Encontro Internacional Mulher e Saúde, realizado em Toronto, em 2002.
Em 2003 foi trabalhar na Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), da Presidência da República, tendo como uma de suas principais responsabilidades, coordenar a área da saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos. Representou a SPM: no Conselho Nacional de População e Desenvolvimento, no Conselho Nacional de DST e AIDS, na Executiva do Pacto Nacional para a Redução da Mortalidade Materna- MS, no GT na Secretaria Especial de Direitos Humanos que discutiu o Programa Nacional de Enfrentamento à Violência contra o Idoso. Representou a SPM no Projeto de Cooperação Sul-Sul, entre o governo brasileiro e o governo do Haiti, referente ao enfrentamento à violência contra a Mulher, que culminou com a criação de uma delegacia de defesa da mulher, em Porto Príncipe.
Participou do processo de organização das duas Conferências Nacionais de Políticas Públicas para as Mulheres, promovida pela SPM/PR, participando da comissão de redação.
Atualmente faz parte do Comitê de Direção da FDIM-Federação Democrática Internacional de Mulheres, entidade internacional que congrega organizações de mulheres dos cinco5 continentes. Representa a FDIM no Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, integrando hoje o seu Grupo de Enlace. Participou de todos os FSM realizados no Brasil, onde a UBM realizou atividades próprias, tendo coordenado Mesas. Participou do Fórum Social das Américas, realizados em Caracas, Guatemala e Assunção, sempre participando das atividades de mulheres e dos movimentos sociais.
Em 2009 esteve junto à Comissão Tripartite para a revisão eleitoral, especialmente no que se refere às cotas para as mulheres, representando o Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos. A Comissão era composta por representantes do Executivo, Legislativo e Sociedade Civil.
Em março de 2010 esteve junto com a Delegação Brasileira e participou da 54ª Sessão sobre a Questão da Mulher, na ONU. Também integrou a Delegação Brasileira que participou da XI Reunião da CEPAL, realizada em julho, em Brasília. Nesta mesma reunião da Cepal foi atuante no Fórum de Organizações Feministas da América Latina e Caribe.
UBM - A UBM é uma organização não governamental e sem fins lucrativos, que está presente em todos os estados brasileiros. A UBM é filiada a Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos e à FDIM- Federação Democrática Internacional de Mulheres. É uma das entidades que compõe a Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais no Brasil e, atua em parceria com a Articulação de Mulheres Brasileiras e a Marcha Mundial de Mulheres. A UBM tem ainda representantes no Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher da SPM, no Conselho Nacional da Juventude da Secretaria Especial da Juventude da Presidência da República. É também parte integrante da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto e do seu grupo impulsor. Além de participar das Jornadas pela Legalização do Aborto.
Espetáculo Barba Azul -Dias 14 e 15 de março -Teatro Marília
Prezadas e Prezados,
A Coordenadoria dos Direitos da Mulher de Belo Horizonte,
COMDIM-BH,convida a todas e todos interessadas e interessados
para assistirem a apresentação
do Espetáculo- BARBA AZUL que estará em cartaz
no Teatro Marília nos dia 14 e 15 de março de 2011 às 14h.
Os ingressos são gratuitos e estão sendo distribuídos
pela COMDIM- PBH.
Data:14 e 15 de março de 2011.
Horário: de14h às 17h.
Endereço: TEATRO Marília Av. Alfredo Balena,586 - Centro
Informações pelos telefones: 3277.97 58 ou 97-53.
DIvulguem!!!!
Abaixo uma síntese do espetáculo:
O espetáculo resgata uma versão adulta da história do Barba Azul, o nobre rico que matava suas mulheres com as quais se relacionava. É inspirado também no livro “Mulheres que Correm com os lobos” de Clarissa Pinkola Estés.
O mito do Barba Azul fala das relações de dominação e submissão entre homens e mulheres, tema muito importante para nossa sociedade onde a questão do poder de dominação e hierarquia.
Após a apresentação da peça será realizado um debate abordando as questões da violência contra a mulher sob o ponto de vista das mulheres que passam por essas situações e como as instituições da Rede de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher de Minas Gerais trabalham na coibição desse tipo de violência e a superação dos nós.
Por entendermos que a coibição e o enfrentamento a violência contra a mulher depende também da visibilidade pública por meio de uma reflexão, a proposta é que os ingressos sejam distribuídas para pessoas que interessam pela temática do governo municipal e estadual servidoras /res públicas/os) e representantes das instituições da Rede de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher de Minas Gerais ,dos Conselhos Municipais de Direitos e das diversas organizações e movimentos da sociedade civil.
Márcia de Cássia Gomes
Coordenadora dos Direitos da Mulher
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
A Coordenadoria dos Direitos da Mulher de Belo Horizonte,
COMDIM-BH,convida a todas e todos interessadas e interessados
para assistirem a apresentação
do Espetáculo- BARBA AZUL que estará em cartaz
no Teatro Marília nos dia 14 e 15 de março de 2011 às 14h.
Os ingressos são gratuitos e estão sendo distribuídos
pela COMDIM- PBH.
Data:14 e 15 de março de 2011.
Horário: de14h às 17h.
Endereço: TEATRO Marília Av. Alfredo Balena,586 - Centro
Informações pelos telefones: 3277.97 58 ou 97-53.
DIvulguem!!!!
Abaixo uma síntese do espetáculo:
O espetáculo resgata uma versão adulta da história do Barba Azul, o nobre rico que matava suas mulheres com as quais se relacionava. É inspirado também no livro “Mulheres que Correm com os lobos” de Clarissa Pinkola Estés.
O mito do Barba Azul fala das relações de dominação e submissão entre homens e mulheres, tema muito importante para nossa sociedade onde a questão do poder de dominação e hierarquia.
Após a apresentação da peça será realizado um debate abordando as questões da violência contra a mulher sob o ponto de vista das mulheres que passam por essas situações e como as instituições da Rede de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher de Minas Gerais trabalham na coibição desse tipo de violência e a superação dos nós.
Por entendermos que a coibição e o enfrentamento a violência contra a mulher depende também da visibilidade pública por meio de uma reflexão, a proposta é que os ingressos sejam distribuídas para pessoas que interessam pela temática do governo municipal e estadual servidoras /res públicas/os) e representantes das instituições da Rede de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher de Minas Gerais ,dos Conselhos Municipais de Direitos e das diversas organizações e movimentos da sociedade civil.
Márcia de Cássia Gomes
Coordenadora dos Direitos da Mulher
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
sexta-feira, 11 de março de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
Mulheres acham que violência doméstica cresceu
Mulheres acham que violência doméstica cresceu. E a proteção legal também
Pesquisa nacional do DataSenado, concluída no final de fevereiro, revela que 66% das mulheres acham que aumentou a violência doméstica e familiar contra o gênero feminino, ao mesmo tempo em que a maioria (60%) entende que a proteção está melhor, após a criação da Lei Maria da Penha.
O levantamento sobre violência doméstica contra a mulher já tem tradição no programa de trabalho do DataSenado, que fez a primeira pesquisa sobre o tema em 2005. A cada dois anos o estudo se repete. Em sua quarta versão, os resultados de 2011 indicam que o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha cresceu nos dois últimos anos: 98% disseram já ter ouvido falar na lei, contra 83% em 2009. Foram feitas 1.352 entrevistas, apenas com mulheres, em 119 municípios, incluídas todas as Capitais e o DF.
Medo e rigor da lei seguram denúncias
Para as mulheres entrevistadas, conhecer a lei não faz com que as vítimas de agressão denunciem o fato às autoridades. O medo continua sendo a razão principal para evitar a exposição dos agressores, com 68% das respostas. Para 64% das mulheres ouvidas pelo DataSenado, o fato da vítima não poder mais retirar a queixa na delegacia faz com que a maioria das mulheres deixe de denunciar o agressor.
Do total de entrevistadas, 57% declararam conhecer mulheres que já sofreram algum tipo de violência doméstica. A que mais se destaca é a violência física, citada por 78% das pessoas ouvidas pela pesquisa. Em segundo lugar aparece a violência moral, com 28%, praticamente empatada com a violência psicológica (27%).
Álcool e ciúmes são as causas principais
Entre as mulheres que afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência e que citaram, espontaneamente, o motivo da agressão, os mais citados foram o uso de álcool e ciúmes, ambos com 27% cada. Os principais responsáveis pelas agressões, segundo as vítimas, foram os maridos ou companheiros (66% dos casos). Quase a totalidade das entrevistadas, 96%, entende que a Lei Maria da Penha deve valer também para ex-namorado, ex-marido ou ex-companheiro.
A maioria das mulheres agredidas, 67%, afirma não conviver mais com o agressor. Mas uma parte significativa, 32%, ainda convive. E destas, segundo a pesquisa, 18% continuam a sofrer agressões. Dentre aquelas que disseram ainda viver com o agressor e ainda serem vítimas de violência doméstica, 40% afirmaram ser agredidas raramente, mas 20% revelaram sofrer ataques diários.
O levantamento, finalmente, buscou saber o que pensam as mulheres sobre a nova interpretação da Lei Maria da Penha, estabelecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em dezembro último. A corte entendeu que a lei é compatível com a dos Juizados Especiais, permitindo a suspensão da pena nos casos em que a condenação for inferior a um ano. Quando isto ocorrer, o juiz pode trocar a pena de prisão por uma pena alternativa ou, ainda, suspender o processo. A pesquisa apurou que a maioria das entrevistadas ficou insatisfeita. Para 79%, a decisão enfraquece a lei.
Aumenta informação da mulher e disposição para denunciar violência
O nível de conhecimento das mulheres sobre a Lei Maria da Penha cresceu 15% nos dois últimos anos e alcançou 98%. O levantamento também constatou que a esmagadora maioria das entrevistadas (81%) não pensaria duas vezes para denunciar um ato de agressão cometido contra uma mulher. Desse montante, 63% ainda procurariam uma delegacia de polícia comum, enquanto 24% dariam preferência à delegacia da mulher. Quem usou os serviços da delegacia especializada gostou do atendimento (54% acharam ótimo/bom; 24% regular).
Embora seja muito alto o nível de conhecimento da lei (98%), 63% das mulheres ouvidas consideram que apenas uma minoria denuncia as agressões às autoridades e 41% acha que a mulher não é tratada com respeito no país. O percentual de mulheres que declararam já ter sido vítimas de algum tipo de violência permaneceu igual ao número obtido em 2009: a cada 5 mulheres pesquisadas, uma declara já ter sofrido algum tipo de violência doméstica e familiar.
Quase um terço ainda sofre calada
A pesquisa também procurou avaliar o limite da mulher agredida. As entrevistadas que disseram já ter sofrido algum tipo de violência, foram questionadas: após quantas agressões elas procuraram ajuda? Os resultados: 36% disseram ter procurado ajuda na primeira agressão, mas 29% confessaram não ter procurado qualquer ajuda; 24% pediram ajuda após a terceira agressão, 5% na segunda e 5% preferiram não responder.
Quando questionadas sobre o que fizeram após a última agressão, nada menos que 23% das mulheres ouvidas disseram não ter feito nada. As razões para essa atitude, segundo elas: 31% decidiram não fazer nada preocupadas com a criação dos filhos, 20% por medo de vingança do agressor, 12% por vergonha da violência sofrida, 12% por achar que seria a última vez, 5% por dependência financeira, 3% por acharem que não haveria punição e 17% citaram outros motivos.
Pesquisa nacional do DataSenado, concluída no final de fevereiro, revela que 66% das mulheres acham que aumentou a violência doméstica e familiar contra o gênero feminino, ao mesmo tempo em que a maioria (60%) entende que a proteção está melhor, após a criação da Lei Maria da Penha.
O levantamento sobre violência doméstica contra a mulher já tem tradição no programa de trabalho do DataSenado, que fez a primeira pesquisa sobre o tema em 2005. A cada dois anos o estudo se repete. Em sua quarta versão, os resultados de 2011 indicam que o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha cresceu nos dois últimos anos: 98% disseram já ter ouvido falar na lei, contra 83% em 2009. Foram feitas 1.352 entrevistas, apenas com mulheres, em 119 municípios, incluídas todas as Capitais e o DF.
Medo e rigor da lei seguram denúncias
Para as mulheres entrevistadas, conhecer a lei não faz com que as vítimas de agressão denunciem o fato às autoridades. O medo continua sendo a razão principal para evitar a exposição dos agressores, com 68% das respostas. Para 64% das mulheres ouvidas pelo DataSenado, o fato da vítima não poder mais retirar a queixa na delegacia faz com que a maioria das mulheres deixe de denunciar o agressor.
Do total de entrevistadas, 57% declararam conhecer mulheres que já sofreram algum tipo de violência doméstica. A que mais se destaca é a violência física, citada por 78% das pessoas ouvidas pela pesquisa. Em segundo lugar aparece a violência moral, com 28%, praticamente empatada com a violência psicológica (27%).
Álcool e ciúmes são as causas principais
Entre as mulheres que afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência e que citaram, espontaneamente, o motivo da agressão, os mais citados foram o uso de álcool e ciúmes, ambos com 27% cada. Os principais responsáveis pelas agressões, segundo as vítimas, foram os maridos ou companheiros (66% dos casos). Quase a totalidade das entrevistadas, 96%, entende que a Lei Maria da Penha deve valer também para ex-namorado, ex-marido ou ex-companheiro.
A maioria das mulheres agredidas, 67%, afirma não conviver mais com o agressor. Mas uma parte significativa, 32%, ainda convive. E destas, segundo a pesquisa, 18% continuam a sofrer agressões. Dentre aquelas que disseram ainda viver com o agressor e ainda serem vítimas de violência doméstica, 40% afirmaram ser agredidas raramente, mas 20% revelaram sofrer ataques diários.
O levantamento, finalmente, buscou saber o que pensam as mulheres sobre a nova interpretação da Lei Maria da Penha, estabelecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em dezembro último. A corte entendeu que a lei é compatível com a dos Juizados Especiais, permitindo a suspensão da pena nos casos em que a condenação for inferior a um ano. Quando isto ocorrer, o juiz pode trocar a pena de prisão por uma pena alternativa ou, ainda, suspender o processo. A pesquisa apurou que a maioria das entrevistadas ficou insatisfeita. Para 79%, a decisão enfraquece a lei.
Aumenta informação da mulher e disposição para denunciar violência
O nível de conhecimento das mulheres sobre a Lei Maria da Penha cresceu 15% nos dois últimos anos e alcançou 98%. O levantamento também constatou que a esmagadora maioria das entrevistadas (81%) não pensaria duas vezes para denunciar um ato de agressão cometido contra uma mulher. Desse montante, 63% ainda procurariam uma delegacia de polícia comum, enquanto 24% dariam preferência à delegacia da mulher. Quem usou os serviços da delegacia especializada gostou do atendimento (54% acharam ótimo/bom; 24% regular).
Embora seja muito alto o nível de conhecimento da lei (98%), 63% das mulheres ouvidas consideram que apenas uma minoria denuncia as agressões às autoridades e 41% acha que a mulher não é tratada com respeito no país. O percentual de mulheres que declararam já ter sido vítimas de algum tipo de violência permaneceu igual ao número obtido em 2009: a cada 5 mulheres pesquisadas, uma declara já ter sofrido algum tipo de violência doméstica e familiar.
Quase um terço ainda sofre calada
A pesquisa também procurou avaliar o limite da mulher agredida. As entrevistadas que disseram já ter sofrido algum tipo de violência, foram questionadas: após quantas agressões elas procuraram ajuda? Os resultados: 36% disseram ter procurado ajuda na primeira agressão, mas 29% confessaram não ter procurado qualquer ajuda; 24% pediram ajuda após a terceira agressão, 5% na segunda e 5% preferiram não responder.
Quando questionadas sobre o que fizeram após a última agressão, nada menos que 23% das mulheres ouvidas disseram não ter feito nada. As razões para essa atitude, segundo elas: 31% decidiram não fazer nada preocupadas com a criação dos filhos, 20% por medo de vingança do agressor, 12% por vergonha da violência sofrida, 12% por achar que seria a última vez, 5% por dependência financeira, 3% por acharem que não haveria punição e 17% citaram outros motivos.
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