quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Laço Branco: homens de Minas pelo fim da violência contra as mulheres
Sessenta e cinco personalidades masculinas se engajaram na campanha "Laço Branco: homens de Minas pelo fim da violência contra as mulheres", lançada, na noite desta segunda-feira (6/12/10), em Reunião Especial de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Representantes de diversos setores da sociedade, eles receberam um laço branco, símbolo da campanha, e um diploma de cidadão-comprometido no combate à violência contra a mulher. A reunião foi requerida pela deputada Gláucia Brandão (PPS).
Promovida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e pelo Conselho Estadual da Mulher (CEM), a campanha integra um movimento mundial, surgido após o massacre de 14 mulheres, em 1989, numa sala de aula da Escola Politécnica, em Montreal (Canadá). Elas foram assassinadas por Marc Lepine, de 25 anos, que se suicidou após atirar nas alunas. Ele deixou uma carta justificando que cometeu o crime por não suportar mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente masculino.
A tragédia mobilizou a opinião pública, e um grupo de homens canadenses resolveu lançar uma campanha para mostrar que repudiavam a discriminação e a violência contra a mulher. Desde então, o movimento espalhou-se pelo mundo. No Brasil, chegou em 1999 e, desde 2007, com a aprovação da Lei 11.489, a data de 6 de dezembro foi instituída como Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Deputada diz que há "batalhas a vencer"
Na Reunião Especial de Plenário desta segunda-feira, a deputada Gláucia Brandão e a presidente do Conselho Estadual da Mulher, Carmen Rocha Dias, destacaram as conquistas femininas das últimas décadas, mas apontaram que ainda há muito a avançar nesse aspecto. "Restam muitas batalhas a vencer. Com certeza, uma das mais urgentes é a luta contra a violência doméstica", afirmou a deputada. "Apesar dos avanços, resiste o modelo de homem provedor. As desigualdades baseiam-se no poder exercido pelos homens e na subordinação das mulheres em todos os níveis", disse a presidente do CEM.
O 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Doutor Viana (DEM), que representou o presidente Alberto Pinto Coelho (PP), declarou que o compromisso desses 65 homens representa "intenso valor ético e relevante interesse social". "Não se pode tolerar uma perversa noção de amor que resulta na posse e anulação do outro", completou Doutor Viana, ele próprio agraciado com o laço branco e o diploma, assim como o deputado Almir Paraca (PT) e o vereador de Belo Horizonte e deputado estadual eleito Anselmo José Domingos (PTC).
Também fizeram discursos a deputada federal Jô Moraes (PCdoB), que disse que "a violência é a ruptura da felicidade no âmbito da família", e o chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família da Polícia Civil, Wellington Peres Barbosa, que convocou todos os homens presentes a se indignar com os atos de violência contra a mulher.
Também integraram a mesa da solenidade a subsecretária de Direitos Humanos do Estado, Maria Céres Spínola Castro, e a coordenadora estadual de Políticas Públicas para Mulheres, Eliana Piola. A reunião teve ainda a apresentação do poeta Tom Nascimento e a exibição de um vídeo sobre a história e o trabalho do Conselho Estadual da Mulher.
O Movimento Popular da Mulher participou da Reunião Especial. Estiveram presentesd a Presidente Bebela Ramos e a Secretária Geral Cláudia Pessoa.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
24/11/2010
As seis centrais sindicais reconhecidas pelo governo federal (CTB, Força CGTB, UGT, CUT e Nova Central) se reuniram nesta quarta-feira (24), em Brasília, para participar, ao lado de diversos movimentos sociais de toda a América Latina, do Encontro Internacional das Mulheres e dar início a uma campanha nacional contra a violência de gênero.
O Encontro antecedeu o Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, marcado para esta quinta-feira, 25 de novembro. Essa data foi escolhida para homenagear as três irmãs Mirabal (Maria, Patria e Minerva), da República Dominicana, que, em 1960, durante a ditadura Trujillo, foram brutalmente assassinadas.
No Brasil, o Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres marcará o início de uma campanha em todos os estados do país, a ser realizada entre 25 de novembro e 10 de dezembro.
O Encontro foi acompanhado pela deputada federal Janete Pietá (PT-SP), coordenadora da bancada feminina da Câmara Federal, e também pela ministra de Políticas Públicas para Mulheres, Nilcéia Freire.
A CTB foi representada por sua secretária de Formação e Cultura, Celina Arêas. Ela definiu o Encontro como “vitorioso” e adiantou que a Central irá realizar, ao longo dos 15 dias de campanha, atos em todos os estados do país, como forma de conscientizar a classe trabalhadora sobre a realidade enfrentada pelas mulheres. “Nosso foco será sobre a questão do assédio moral. Iremos nos organizar em todo o país para massificar essa importante campanha”, declarou.
Leia abaixo o documento subscrito por todas as entidades que participaram do Encontro de Brasília:
Carta de Brasília
Na véspera do Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres nós, trabalhadoras dos países que constituem o Cone Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai), reunidas em Brasília, Distrito Federal do Brasil, reafirmamos a luta feminista por justiça, em defesa da igualdade entre homens e mulheres e pelo fim da violência contra as mulheres!
Apontamos a necessidade de construirmos um novo modelo de sociedade, onde a valorização do trabalho seja sinônimo de emancipação, e onde as mulheres tenham, além de autonomia econômica, autonomia sobre seus corpos.
Nossa situação é comum em todas as regiões do mundo. Os índices de violência contra as mulheres são alarmantes, nossa jornada de trabalho é cada vez maior, recebemos em média 30% a menos do que os homens, continuamos sendo as únicas responsáveis pela casa, pela família, pelo cuidado e educação dos filhos, além de ainda estarmos sub representadas nos espaços de poder e decisão.
As relações desiguais entre homens e mulheres e a construção social do gênero feminino como inferior ao gênero masculino sustentam a violência contra as mulheres. Como decorrência desta situação, todas as mulheres estão sujeitas a violência simplesmente por serem mulheres, e, por isso, chamamos de violência sexista.
No mundo, a cada cinco dias de falta da mulher ao trabalho, um é decorrente de violência sofrida no lar. Na América Latina e Caribe, a violência doméstica incide sobre 24% a 50% das mulheres. No Brasil, a cada 4 minutos uma mulher é agredida em seu próprio lar por uma pessoa com quem mantém relação de afeto. As estatísticas disponíveis e os registros nas delegacias especializadas de crimes contra a mulher demonstram que 70% dos incidentes acontecem dentro de casa e que o agressor é o próprio parceiro. Mais de 40% das violências resultam em lesões corporais graves decorrentes de socos, tapas, chutes, queimaduras, espancamentos e estrangulamentos.
Estes números revelam a urgência de uma política eficiente de combate à violência contra a mulher, que se constitui ao mesmo tempo num foco de resistência às transformações sociais de gênero e num grave entrave ao desenvolvimento pessoal das mulheres. Além dos agravos para a saúde física e mental, a convivência cotidiana em uma relação violenta mina a capacidade produtiva da mulher, seu desenvolvimento (em termos de educação e trabalho), sua qualidade de vida, sua auto-estima e o seu exercício da cidadania.
No mundo do trabalho, ao mesmo tempo em que cresce a participação das mulheres, persistem a segmentação das profissões por sexo e raça, além da desigualdade dos salários femininos em comparação aos masculinos. Crescem, entre as mulheres, o desemprego e as dificuldades de acesso à proteção social. A violência no trabalho também aparece de outras formas: assédio sexual por parte dos trabalhadores e dos empregadores; exigência de atestados de “não gravidez” como requisito à contratação; assédio moral e, de forma generalizada, as limitações para conciliar o trabalho com as responsabilidades com a família e a casa, devido à permanência da divisão desigual entre os gêneros.
Diante do exposto, denunciamos:
• A situação das mulheres no mercado de trabalho que apresenta características que se configuram em desigualdades. Os homens recebem 30% a mais que as mulheres em funções iguais (mesmo quando as mulheres têm mais escolaridade). As mulheres representam 70% dos excluídos da Previdência Social e são maioria entre os desempregados, além de serem maioria absoluta no mercado informal (aquele exercido de forma mais precária, sem direitos nem regulação). A discriminação no mercado de trabalho reflete-se também em outras práticas discriminatórias, como assédio moral e sexual.
• Todas as formas de violência contra as mulheres. Somos constantemente alvos da violência, que na maioria das vezes é praticada por pessoas próximas, com quem convivemos e nos relacionamos. Em março de 2009 fizemos uma manifestação na fronteira Brasil/Uruguai porque este é um local onde ocorrem muitos casos de violência, como estupros e agressões e, por ser um local de fronteira, os agressores acabam por ficar impunes. Neste dia 24 de novembro de 2010, voltamos a nos reunir em Brasília, para reivindicar o estabelecimento de um Pacto Regional de Enfrentamento à Violência, que faça valer as leis existentes e amplie o arcabouço jurídico dos países que ainda não tem instrumentos suficientes para coibir a violência e punir os agressores. Além disso, necessitamos enfrentar o turismo sexual e o tráfico de mulheres, a exploração sexual, a prostituição e o trabalho escravo e infantil.
Dentre as ações necessárias, propomos a efetiva implantação de Juizados Especiais de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica, a ampliação das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, a criação e o fortalecimento de Redes de Atendimento às mulheres em situação de violência e a manutenção de Casas de Passagem.
É por isso que lutamos!
Por um outro MERCOSUL onde todas as mulheres possam viver livre da violência sexista!
Para superar as desigualdades de salário e de oportunidades entre homens e mulheres!
Pelo direito ao trabalho, com garantia de direitos trabalhistas e sociais estendida aos trabalhadores e trabalhadoras migrantes!
Por uma sociedade sem qualquer tipo de exploração e preconceitos, uma sociedade em que homens e mulheres possam viver com igualdade de oportunidades!
Neste sentido, nós, mulheres trabalhadoras do Cone Sul, vimos neste momento de luta do dia 25 de novembro, exigir dos Governantes de nossos países:
1. Criação e efetiva implementação das políticas de combate à violência contra as mulheres
2. Criação e fortalecimento de Redes de Atendimento às mulheres em situação de violência, incluindo os Juizados Especiais de Atendimento às Vítimas de Violência Domestica, as casas abrigo e as Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência (DEAM´S), com pleno funcionamento
3. Instituição de um protocolo de extradição comum para tratar dos casos de violência sexista nas áreas de fronteiras;
4. Instalação de uma Frente Parlamentar, no âmbito do MERCOSUL, para o Enfrentamento à Violência contra as mulheres.
5. Estabelecimento de um Pacto Regional do MERCOSUL de enfrentamento à violência;
6. Instalação de casas abrigo para mulheres vítimas de violência nas regiões de fronteira;
Seguiremos em nossa luta por igualdade, e exigimos de nossos Governos políticas de Estados para a efetiva garantia do direito de todas as mulheres a uma vida sem violência.
Não nos calaremos diante de manifestações de violência sexista – Violência Contra as Mulheres, Tolerância Nenhuma!
Comissão de Mulheres da Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul
Centrais Sindicais da Argentina:
CGT – Confederação Geral de Trabalhadores
CTA – Central de Trabalhadores da Argentina
Centrais Sindicais do Brasil:
CGTB – Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
CUT- Central Única dos Trabalhadores
Força Sindical
NCST – Nova Central Sindical dos Trabalhadores
UGT – União geral dos Trabalhadores
Centrais Sindicais do Chile:
CUT Chile – Central Unitária de Trabalhadores do Chile
CAT Chile – Central Autônomo dos Trabalhadores do Chile
Centrais Sindicais do Paraguai:
CUT A – Central Unitária de Trabalhadores Autêntica
CUT Paraguai – Central Única dos Trabalhadores do Paraguai
CTN Paraguai – Central de Trabalhadores
Central Sindical do Uruguai:
PIT/CNT – Plenária Intersindical de Trabalhadores
Movimentos Feministas:
Marcha Mundial das Mulheres
União Brasileira de Mulheres
Brasília 24 de novembro de 2010
Portal CTB
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Agenda do dia 28 de Junho
A comemoração aconteceu na Casa do Jornalista e contou com uma presença significativa de pessoas comprometidas com a luta das mulheres (em que pese tenha sido logo após jogo do Brasil).
Bebela, feminista histórica e atual presidente do MPM, abriu a solenidade convidando algumas personalidades presentes para comporem a mesa; dentre elas a Presidente da Câmara Municipal-LuziaFerreira,Deputada Federal Jô Moraes,Sirley Soalheiro –Presidente da AMT-PDT (Ação da Mulher Trabalhista), o ex-vereador Paulão, a Vereadora Maria Lúcia Scarpelli e representantes de entidades.
A 1ª. parte do evento constou de uma homenagem especial à Capitã Maria Carmem, da Polícia Militar, recém-falecida,cuja participação na luta pelos direitos da mulher, com enfoque especial na questão da policial militar foi de grande relevância.Em sua homenagem, falaram Carmélia Viana-Diretora da UBM e Hercília Levy-Diretora do MPM. A Dep. Jô Moraes prestou homenagem à Capitã.
A 2ª. parte do evento constou do lançamento da campanha “100 Homens de Atitude no Combate à Violência Contra a Mulher”,que tem por objetivo sensibilizar 100 homens, representantes de entidades, instituições,organizações e chamá-los a assumir compromisso público de desenvolver ações no combate à violência e à discriminação contra mulheres.
Na ocasião, o Diretor Geral da Polícia Civil de MG,Dr. Wellington Duarte Peres usou da palavra, reafirmando seu envolvimento com a campanha.
Finalizando o evento, como símbolo da Campanha,quatro homens que vêm afirmando sua convicção na luta das mulheres, com apoio, incentivo e comprometimento, foram homenageados,:Gilson Reis -Presidente do Sinpro, Mário Lúcio Gonçalves Jr. –funcionário do Escritório da Dep. Jô Moraes, Marc Florete e Márcio Antonio Pereira –funcionários do Sinpro.
Em seguida, foi servido um coquetel aos presentes.
sábado, 10 de julho de 2010
CASO BRUNO & MANÍACO DE CONTAGEM
DA REUNIÃO DAS ENTIDADES FEMINISTAS E DE MULHERES
DE BH E REGIÃO METROPOLITANA:
Representantes dos Movimentos Feministas e de Mulheres de BH
e Região Metropolitana se reuniram neste dia 08/07 no SINDRED
(Av. Amazonas, 491- 10º andar- Centro) para debater a seguite pauta:
-Caso Bruno
-Julgamento do 'Maníaco de Contagem'.
Presentes:
-ALÉM / LBL
-DIVAS / LBL
-MPM
-UBM
-MULHERES EM LUTA
-FEDERAÇÃO DAS QUILOMBOLAS
-INSTITUTO ANITA GARIBALDI
Justificaram ausência:
-Carmélia Viana, Bebela, Hercília
-Marcinha Gomes
-Neusinha Melo
-Vanessa Portugal
-Sol (Consolação)
ENCAMINHAMENTOS:
Das propostas para ações a curto, médio e longo prazo, houve consensos sujeitos a acréscimos que seguem para a apreciação de todas as companheiras:
AÇÕES A CURTO PRAZO:
-Escrever Manifesto (ou Carta Aberta) a ser apreciado e assinado por todas as entidades e entregue como DOCUMENTO aos órgãos competentes.
-Promover Ato de Repúdio na Praça 7 pelo caso Bruno.
-Promover Manifestação Pública no Fórum pelo caso Maníaco de Contagem.
-Convidar parentes das vítimas.
OBSERVAÇÕES.:
CASO MANÍACO DE CONTAGEM:
O julgamento do maníaco está previsto para o dia 16/07 mas, (provavelmente estrategicamente) não há previsão de horário. É necessaário que estejamos presentes no momento da chegada do réu, o que provavelmente ocorrerá na parte da manhã.
CASO BRUNO:
É necessário que o Ato de Repúdio seja agendado para o mais breve possível.
SUGESTÃO:
Intervir em ambos os casos na mesma data, saindo em caminhada do Fórum até a Praça Raul Soares ou até a Praça 7 com carro de som.
MATERIAL VISUAL:
Caixão, cruzes, velas, apitos, TNT preto, faixa(s), cartazes, o boneco do maníaco e o Manifesto.
TEMOS:
-Equipamento de som (Ana Clara- Mulheres em luta)
-Caixão e cruzes (Jô- Além)
-Apitos e fita preta (Jô - Instituto Anita Garibaldi)
-Boneco (Pegar emprestado)
PRECISAMOS GARANTIR:
-Faixa(s)
-Papel ofício/A4
-Impressão do Manifesto
-Velas, cordão, fita crepe, spray, TNT, hidrocor, etc...
PRAXE:
Comparecer trajando camiseta lilás ou roxa.
A fita preta em sinal de luto será entregue no local.
ABAIXO ASSINADO:
No local haverá também uma mesa para coletar assinaturas.
AÇÕES A MÉDIO PRAZO:
-Rearticular o Fórum de Mulheres
-Retomar as Audiências Públicas dos Movimentos Feministas e de Mulheres com a Secretaria de Segurança Pública e a Scretaria de Pessoas Desaparecidas
-Articular com o ESPASSO CONSEG (Contato: Sandra Mara)
AÇÕES A LONGO PRAZO:
-Construir Fórum Permanente de Debates que articule com o Grupo de Discussão on line do RJ, SP, RS e PB que já articulam virtualmente com o intuito de pensar estratégias para o combate à violência de gênero
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Ponderamos que talvez não haja tempo hábil para uma próxima reunião das entidades antes do dia 16/07, o dia do julgamento do Maníaco de Contagem. Assim, sugerimos que nos articulemos por e-mail confirmando (ou não) presença e enviando sugestões tanto para a elaboração do Manifesto quanto para a nossa intervenção no caso do MANÍACO e a construção do ATO DE REPÚDIO no CASO BRUNO, bem como solicitamos aquelas que tiverem disponibilidade, que venham compor a Comissão de Organização.
Saudações emancipacionistas,
Ivone - 84088044
Josiane - 32677871
Ana Clara - 93216939
Jurema - 34543505
Luzia - 88542592
segunda-feira, 8 de março de 2010
CARTA ABERTA AS MULHERES
CARTA ABERTA AS MULHERES DO POVO
Nós mulheres da Via Campesina e dos movimentos urbanos de Minas Gerais, Marcha Mundial de Mulheres, Assembléia Popular e Brigadas Populares viemos nos 100 anos do 8 de março acampar na praça da Assembléia Legislativa, ocupando as praças e as ruas que é o nosso espaço por direito. Através das nossas palavras, falam as mães, esposas, filhas, avós, a quem falta terra, moradia, saúde, alimentação, educação. A quem falta tudo, menos a vontade de nos libertarmos da situação de opressão em que vivemos. Por isso denunciamos o latifúndio, o agronegócio, a violência, o machismo e acima de tudo o capitalismo. O sistema capitalista, o latifúndio e o agronegócio são culpados sim! Esse modelo é culpado por não termos terra pra cultivar, sementes pra plantar, comida pras crianças e termos que voltar pra casa de cabeça baixa por não conseguirmos emprego, mais uma vez. Pro latifúndio não importa se a produção é comida ou mesmo eucalipto. Eucalipto tem outro nome, pro agronegócio, tem nome de dinheiro. Dinheiro que são as enormes plantações de café, soja, cana, gado, eucalipto, cada um num canto do nosso país, mas todos com o mesmo objetivo: produzir mais lucro, independente do quanto isso custa. E custa muito, ah, como custa!Custa as nossas riquezas naturais, como as florestas e os minérios, enviados para fora do país e nos colocando sempre na posição de exportadores de recursos. Custa o nosso acesso a saúde, a educação de qualidade, pois o governo e a justiça preferem ficar do lado desse lucro privado ao invés de defender os direitos humanos. E acima de tudo custa a nossa vida. São as mulheres quem principalmente produz e prepara o alimento, seja no campo ou na cidade. O alimento envenenado dos grandes latifúndios prejudica a mulher que trabalha com o veneno, espalhando pela plantação, prejudica a pequena camponesa, que vê sua colheita morrendo quando usa os pesticidas, prejudica a mulher da cidade, que vai as compras e não tem nenhuma opção diferente do que comprar um alimento envenenado, e com isso alimentar a si mesmas e as suas famílias. Hoje, até o leite das mães é envenenado. Os mesmos donos da terra são também donos das fábricas que produzem o agrotóxico que se joga na plantação e das sementes transgênicas. São eles também os responsáveis por embalar os alimentos com um outro tipo de veneno, que eles dão o nome de conservantes. Ou seja, controlam toda a produção e comercialização dos alimentos que comemos. São cerca de 40 empresas trasnacionais que controlam toda a produção e comércio agrícola do mundo, como o a Nestlé, a Sadia e grandes redes de supermercado como o Carrefour e o Extra. O Brasil é o país que mais consome veneno no mundo, chega a 7 Kg por pessoa ao ano. Com esse alimento contaminado que vendem, as empresas passam a trabalhar em mais um ramo do mercado: a indústria farmacêutica, que se aproveita para vender mais remédios e cosméticos, como quem vende a felicidade e a aceitação, impondo dietas e padrões de beleza que somente oprimem as mulheres.As cidades reproduzem o mesmo padrão conservador e concentrador do campo. Neste sentido, a Reforma Urbana Popular propõe a reformulação das cidades, para que na mesma caibam todas e todos. Moradia, transporte, saneamento, equipamentos públicos (escolas, postos de saúde, centros culturais, etc) são necessidades que ainda não foram satisfeitas nas grandes cidades brasileiras. O capitalismo e o machismo são um crime sim!Crimes pois tratam a mulher como um ser invisível, como se ela não fosse também responsável por produzir a riqueza do Brasil. Não se nasce mulher, torna-se! E não é só nossa a responsabilidade de cuidarmos da casa, dos filhos. É de toda a sociedade, de todos os companheiros! O que o capitalismo e o machismo fazem, é dar como naturais uma série de tarefas para as mulheres, como o cuidado com a roupa de trabalho do marido. Ao invés do patrão e do latifundiário pagarem pela comida e pela saúde dos seus funcionários, o que eles fazem é fingir que nada disso é necessário. Como se a comida se fizesse sozinha e os doentes melhorassem sem cuidados! Esquecem que quem faz a comida é a esposa, que antes dela mesma ir trabalhar, tem que acordar ainda mais cedo pra preparar a marmita da família. O machismo também é um crime quando força as mulheres a serem a esposa e mãe prendadas que foram as nossas avós, tirando das próprias mulheres o direito a viverem o amor nas suas mais diversas formas, e quando elas assim o desejarem. Por isso, não basta lutarmos contra o capitalismo que maltrata toda a nossa classe. Precisamos lutar também contra o machismo e a opressão do homem sobre a mulher. Nada, absolutamente nada, justifica a violência doméstica. Uma bebedeira, um feijão queimado, o não desejo sexual – nada disso é motivo pra que um homem levante a mão em direção a uma mulher, seja ela sua esposa, sua filha, namorada ou uma desconhecida. E nós, mulheres, quando presenciarmos uma situação de violência contra a mulher, vamos meter a colher, vamos denunciar! E somos nós os criminosos? Não!!!!!!!!!A criminalização da pobreza existe no campo e nas cidades. O Estado revista, sentencia, prende, tortura, humilha e mata em seu esforço de conter a pobreza dentro das favelas e proteger os ricos. Dão a isso o nome de manutenção da ordem, mas na verdade mantêm o controle social ,encarcerando os movimentos populares, a juventude, as não-consumidoras, as desempregadas, as que abortam ou aquelas que ousam levantar a voz contra a exploração e opressão. Não somos criminosas ou preguiçosas. Nosso maior orgulho é mostrar o fruto do nosso trabalho. O que Estado e a mídia querem é criar as condições legais e, se possível, legítimas perante a sociedade para impedir que a classe trabalhadora tenha conquistas econômicas e políticas; para restringir, diminuir ou dificultar o acesso as políticas públicas; isolar e desmoralizar os movimentos sociais junto à sociedade e, por fim, criar as condições legais para a repressão física aos movimentos sociais. Erguemos nossos punhos de luta, nossos filhos, os alimentos que produzimos, nosso estudo, nosso trabalho. Estamos em luta, mulheres do campo e da cidade, pois sabemos que somente será possível a mudança, com a mobilização de todo o povo organizado, e por isso seguimos lutando até que nenhuma mulher trabalhadora seja vítima das injustiças do capital. Até que todas nós sejamos livres. “A primeira provocação ela aguentou calada. Na verdade, gritou e esperneou. Mas todos os bebês fazem assim, mesmo os que nascem em maternidade, ajudados por especialistas. E não como ela, numa toca, aparado só pelo chão. A segunda provocação foi a alimentação que lhe deram, depois do leite da mãe. Uma porcaria. Não reclamou porque não era disso. Outra provocação foi perder a metade dos seus dez irmãos, por doença e falta de medicamento. Não gostou nada daquilo. Mas ficou firme. Era de boa paz. Foram provocando por toda a vida. Não pôde ir à escola porque tinha que ajudar na roça. Tudo bem, ela gostava de roça. Mas aí lhe tiraram a roça. Na cidade, para onde teve que ir com a família, era provocação de tudo que era lado. Resistiu a todas. Morar em barraco. Depois perder o barraco, que estava onde não podia estar. Ir para um barraco pior. Ficou firme, firme. Queria um emprego, só conseguiu um subemprego. Queria casar, conseguiu uma submarido. Tiveram subfilhos. Subnutridos. Os que morriam eram substituídos por outros.Estavam provocando. Gostava da roça. O negócio dele era a roça. Queria voltar pra roça. Ouvira falar de uma tal de reforma agrária. Não sabia bem o que era. Parece que a idéia era lhe dar uma terrinha. Se não era outra provocação, era uma boa. Terra era o que não faltava. Passou anos ouvindo falar em reforma agrária. Em voltar à terra. Em ter a terra que nunca tivera. Amanhã. No próximo ano. No próximo governo. Concluiu que era provocação. Mais uma.Finalmente ouviu dizer que desta vez a reforma agrária vinha mesmo. Pra valer. Garantida. Se animou. Se mobilizou. Pegou a enxada e foi brigar pelo que pudesse conseguir. Estava disposto a aceitar qualquer coisa. Só não estava mais disposto a aceitar provocação. Aí ouviu que a reforma agrária não era bem assim. Talvez amanhã. Talvez no próximo ano... Então protestou. Na décima milésima provocação, reagiu. E ouviu, espantado, as pessoas dizerem, horrorizadas com ela: Violência não!”.
Autor desconhecido
sexta-feira, 5 de março de 2010
PROGRAMAÇÃO PARA 8 DE MARÇO
CENTENÁRIO DO 8 DE MARÇO
O Ato Unificado pelo Centenário do 8 de Março em BH reúne 57 Entidades.
13:00- ABERTURA
13:00 as 14:00- Concentração na Praça da ALMG
(com manifestações políticas e culturais)
14:00- Passeata
TRAJETO:
-Saída pela Rua Martim de Carvalho
-Entrar na Rua Rodrigues Caldas
-Pegar a Av. Álvares Cabral
(Parada no Ministério Público para entrega de Documento sobre VIOLÊNCIA)
-Continua Álvares Cabral
-Parada no Banco Central
(Parada para entrega de Documento sobre TRABALHO)
-Continua Álvares Cabral
-Pegar a Afonso pena
-Entrar na Guajajaras
(Parada em frente ao Carrefour)
-Continua Afonso Pena
(Parada em frente à PBH para entrega de Documento sobre a LICENÇA MATERNIDADE)
-Continua Afonso Pena
(Chegada na Praça 7 prevista para as 16:30)
(Parada na Praça 7 a partir das 16:30 com mais manifestações políticas e culturais)
18:00- ENCERRAMENTO
quinta-feira, 4 de março de 2010
Confira a programação de março do Cineclube Joaquim Pedro de Andrade
Dia 9 - terça-feira – 19 horas – Pão e TulipasDireção: Silvio Soldini (2000) - 115 min. O filme conta a história de uma dona de casa que viaja de ônibus com a família, mas é esquecida num restaurante de beira de estrada. Então ela aproveita a oportunidade para "tirar férias" da vida que levava: pega uma carona, vai para Veneza e começa a excursionar sozinha à procura de uma nova vida.Debatedora: Ana Prestes
Dia 16 - terça-feira - 19 horas – O círculoDiretor: Jafar Panahi (2000) - 90 min. Três mulheres acabam de receber indultos para deixar a prisão. As perspectivas, porém, são piores. Mesmo em liberdade, elas se sentem em uma grande prisão, com os direitos reduzidos e cercadas pelos homens. Debatedor: a confirmar
Dia 23 - terça-feira - 19 horas – Anita não perde a chanceDireção: Ventura Pons (2000) - 89 min. Após 30 anos, Anita perde seu emprego como bilheteira num cinema que acaba de ser demolido. Sem saber o que fazer, visita todos os dias o espaço vazio. Ao conhecer o motorista da construção, ela passa a viver um romance que vai transformar sua vida. Debatedor: a confirmar
Dia 30 - terça-feira – 19 horas – O fabuloso destino de Amelie PoulanDireção: Jean-Pierre Jeunet – (2001) – 120 min. Amelie é uma jovem que se muda do subúrbio para Paris, para trabalhar como garçonete. Ela encontra uma caixinha cheia de itens pessoais e decide entregá-la ao antigo dono, revendo pequenos conceitos que mudarão sua vida. Debatedor: a confirmar
quarta-feira, 3 de março de 2010
Entidades unidas pelo 8 de março
PELO CENTENÁRIO DO 8 DE MARÇO:
-MPM (Movimento Popular da Mulher)
-UBM/MG (União Brasileira de Mulheres)
-SINPRO/MG (Sindicato dos Professores de Minas gerais)
-CTB
-REDE POPULAR SOLIDÁRIA
-DIVAS (Diversidade Afetivo-Sexual)
-ALÉM (Associação Lésbica de Minas)
-AMB/MG (Articulação de Mulheres Brasileiras de Minas Gerais)
-MULHERES EM LUTA
-CONLUTAS
-INSTITUTO HELENA GRECO
-INSTITUTO ALBAN
-INSTITUTO IMERSÃO LATINA
-CMDM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher)
-CEDM )Conselho Estadual dos Direitos da Mulher)
-CNDM –Conselho Nacional dos Direitos da Mulher
-FÓRUM DE MULHERES MERCOSUL
-FÓRUM SOCIAL MUNDIAL/MG
-BRIGADAS POPULARES
-Federação de Mulheres Mineiras
-CMB (Confederação das Mulheres do Brasil)
-COMDIM (Coordenadoria Municipal dos Direitos da Mulher)
-CUT (Central Única dos Trabalhadores)
-MULHERES EMERGENTES
-FIO CRUZ
-GRAAL
-RFS (Rede Feminista de Saúde)
-N'Zinga - Coletivo de Mulheres Negras
-MMM (Marcha Mundial de Mulheres)
-Mulheres em União
-MULHERES EMERGENTES
-Conselho Municipal de Habitação
-Profissionais do Sexo de Betim
-SINDESS
-MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens-Consulta Popular-AP - Assembléia Popular-ABEEF - Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal
PULSEIRA COM GPS
Daniela Fernandes De Paris para a BBC Brasil Os deputados franceses aprovaram nesta quinta-feira por unanimidade um projeto de lei para combater a violência conjugal que prevê que maridos considerados violentos usem uma pulseira eletrônica equipada com um GPS.Os trajetos percorridos pelos maridos acusados de violência doméstica serão monitorados em tempo real pela polícia, que poderá verificar se eles se aproximam dos locais frequentados por suas esposas.A ministra francesa da Justiça, Michèle Alliot-Marie, disse que a pulseira eletrônica poderá ser utilizada antes do julgamento dos acusados de atos de violência e até mesmo em casos apenas de ameaças feitas contra a mulher.O texto aprovado pelos deputados será examinado pelo senado francês a partir do final de março. Estatísticas A legislação foi aprovada dez dias após o assassinato a facadas de Tanja Pozgaj, de 26 anos, por seu ex-companheiro, na periferia de Paris.Ela havia solicitado inúmeras vezes, sem resultado, proteção da polícia, da Justiça e das autoridades municipais após receber várias ameaças de morte. O caso teve grande repercussão no país.Fato raro na política francesa, o projeto de lei aprovado é uma iniciativa “de consenso”, apresentada em conjunto por partidos da oposição (socialista) e do governo, o UMP.Segundo estatísticas do Ministério francês do Interior, quase 20% do total de homícidios no país, nos casos em que o autor foi identificado, são cometidos por cônjuges. Mais de um terço desses assassinatos estão ligados à separação do casal.Em média, uma mulher morre a cada três dias na França em razão da violência doméstica. Em 2008, 157 mulheres foram mortas por seus companheiros. Violência psicológica Outra novidade prevista no projeto de lei é a definição do delito de “assédio psicológico”, que terá penas severas de até três anos de prisão e multa de 75 mil euros.O texto define como violência psicológica vivida por um dos membros do casal “os atos e palavras repetidas que resultam na degradação das condições de vida da vítima e que podem afetar sua saúde físical ou mental”.Para criar o artigo sobre a “violência psicológica”, os deputados se basearam no conceito do assédio moral, até então aplicado somente às questões trabalhistas.“Esse novo delito visa levar melhor em conta situações, vividas por um casal, que não resultam obrigatoriamente em violências físicas, mas que podem ter consequências graves para as vítimas”, afirmam os deputados na exposição de motivos do texto.Segundo a ministra da Família, Nadine Morano, 84% das 80 mil ligações telefônicas recebidas anualmente pelos serviços que auxiliam vítimas de violências domésticas se referem justamente a humilhações e insultos constantes do marido ou companheiro, “que destroem psicologicamente a mulher”, diz a ministra.Mas alguns juristas levantam dúvidas sobre a possibilidade de distinguir o assédio psicológico das tensões normais ou brigas que podem existir entre o casal.“Ser desagradável de maneira constante, criticar sua companheira o tempo todo seria uma violência psicológica do ponto de vista penal?”, questiona Christophe Vivet, secretário nacional da União Sindical dos Magistrados.
O texto aprovado pelos deputados será examinado pelo senado francês a partir do final de março.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
FELIZ A SEU MODO
Eu estava em plena adolescência quando assisti no cinema o filme "Mulher Nota 10" com uma estreante chamada Bo Derek. A comédia contava a história de um cantor que um dia viu uma loira espetacular vestida de noiva e ficou obcecado por ela. O que essa mulher tinha de nota 10? Que eu lembre, só um tremendo corpaço. Mas foi o que bastou para eu e mais umas tantas meninas da minha idade desejarem ser 10 também. Mal sabíamos que estava em curso uma revolução que iria nos exigir muito mais do que um corpaço: iria nos exigir independência financeira, atitude, cultura, talento, sucesso profissional, inteligência acima da média, um bom casamento, filhos notáveis, um farto círculo de amigos, um apartamento bem decorado, uma ótima mão para a cozinha, conhecimento sobre política, economia, artes plásticas, jardinagem e comércio exterior, máxima feminilidade, um guarda-roupa de matar de inveja, um rosto lisinho, um cabelo lisinho, dotes sexuais de humilhar o Kama Sutra e, claro, para agüentar o tranco, um corpo de parar o trânsito. Nem titubeamos. Parecia fácil. Daríamos conta. E demos.> Até que descobrimos que tínhamos tudo, menos a coisa mais importante do mundo: tempo! Não éramos mais donas dos nossos dias, viramos escravas da perfeição, passamos a buscar a nota 10 em todos os quesitos, feito uma escola de samba, e ganhamos o quê? Um stress gigantesco, aliado a uma certa frustração por não conseguir manter tudo no topo: o casamento, a profissão, os seios. Nunca mais uma escapada de três dias num sítio, nunca mais um matinê num dia da semana, nunca mais passar a tarde conversando na casa de uma amiga, nunca mais deitar no sofá enquanto ouvimos nossa música preferida. Tic, tac, tic, tac. Corra!> O Dia da Mulher foi inventado para lembrar que temos os mesmos direitos e a mesma capacidade que os homens. Proponho que aproveite-se esse dia, e esse mês, e o ano inteiro, para lembrar de outra coisa também: não estamos numa competição. Ninguém está nos avaliando. A intenção não é virar uma campeã, e sim desfrutar a delícia de ser uma mulher feliz, divertida e desestressada. Você lembra das garotas nota 10 da sua sala de aula? Umas chatas. Não aproveitavam a hora do recreio, não deixavam a blusa pra fora da saia, não matavam as aulas de religião, só pensavam em ser exemplares. Pois tiveram o mesmo fim da Bo Derek: nunca mais se ouviu falar delas.> Proponho uma pequena subversão nesse Dia da Mulher: seja exemplar pra você mesma e mais ninguém. Faça tudo o que deve fazer, mas também dedique-se ao lazer. Não brigue com o espelho: ter saúde é a beleza necessária. Trabalhe no que lhe dá gosto, aprenda a dizer não, invente sua própria maneira de ser, e se for gorda, fumante, esquisita e sozinha, qual o problema? Aliás, sendo você mesma, dificilmente ficará sozinha. Homem gosta de mulher autêntica, artigo em extinção no mercado.> Depois da revolução feminista, que tantos benefícios nos proporcionou, está na hora de nos rebelarmos contra a tirania de sermos nota 10 e procurar se contentar - ficar contente mesmo! - com uma nota sete, oito, oito e meio. Já é suficiente pra passar de ano e nos dará tempo de sobra para buscar uma vida mais alegre e descomplicada. Nada mais revitalizante do que se permitir errar de vez em quando e não se condenar por causa disso. Abaixo a mulher nota 10, é hora e vez das mulheres imperfeitas, infinitamente mais felizes e reais.
"Martha Medeiros, escritora, colunista dos jornais O Globo e Zero Hora, 18 livros publicados, entre eles os romances "Divã" e "Tudo que eu queria te dizer".
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
NADA À DECLARAR
NADA À DECLARAR:
Um dia, ele chegou tão sério... como quem, aéreo, pousa sem pousar...Sequer reparou a surpresa: a mesa, à luz de velas, posta, a esperar.Mas ela, desacompanhada, ficou tão frustrada que não quis jantar...Apenas apagou as velas, guardou as panelas e dormiu calada...
Um dia, ele chegou mais tarde... deu o ar da graça já de madrugada...E ela, ainda acordada, o recebeu em casa sem fazer alarde...Mas se esperou com paciência, uma delicadeza, uma gentileza, um beijo,Cumprimentou a indiferença, sorriu à frieza e calou seu desejo!Um dia, ele chegou mais cedo... ele chegou bem antes do que de costumecismou que ela tivesse amante e preparou flagrante e demonstrou ciúme...e revirou os seus armários, leu os seus diários, queimou seus poemas...-Ela chorou, contrariada mas, não disse nada... -Não valia a pena!...Um dia, ele chegou drogado ou embriagado e pôs-se a reclamarda sua vida de casado e espancou a esposa e destruiu o lar...Jogou comida pelo chão, partiu louça por louça em mais de mil pedaços(ela abaixou, catou os cacos... sem dizer palavra, sem ter reação!...)
Um dia, ele surgiu do nada e sóbrio o bastante para lhe cobraros seus "direitos de marido" e rasgou seu vestido e quis impor, forçare fez propostas indecentes sem querer respostas pois, não deu ouvidosquando ela até tentou dizer: "É dor e não prazer a causa dos gemidos!"E logo no dia seguinte, tal era o requinte dessa crueldade,que a vizinhança, indignada, e, há muito, inconformada de ser só ouvinte,interferiu: "Quanta arrogância!!!" e fez uma denúncia às autoridadesmas, ela fez sua renúncia: usou de tolerância... usou de piedade...Um dia, ele chegou da praça, fazendo ameaças à ela, às crianças...E, outra vez, a vizinhança, à ela, propícia, quis dar segurança:chamou polícia e ambulância e, ela, interrogada por policiais,usufruiu do seu direito de ficar calada e de sofrer em paz!
Um dia, ele surgiu, sem jeito, para visitá-la em um hospital...Se disse o tal esse sujeito... "Sou mais que perfeito... Eu, certo... Ela, errada!”Bem feito pelos seus defeitos! É tão descuidada! Foi um acidente!Caiu da escada novamente!... E ela ouviu calada e, quem cala, consente!Até que, um dia, afinal, ele chegou nervoso e procurando briga...Dizendo que "EM BOCA FECHADA JAMAIS ENTRA MOSCA..." (Mas entra formiga!)E eis que, em respeito ao luto -ou por ironia- mandaram calar!...Pediram a todos um minuto... de absoluto silêncio no ar!...Um dia ele sumiu do mapa e já fazia tempo que estava sumido...O caso até foi arquivado e ele até foi dado como foragido...E agora que ela jaz calada em um cemitério, ele voltou sem medo... O caso ainda é um mistério... Ela guardou segredo... Ela não diz mais nada!...
Ivone Mendes
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
CAPACITAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Projeto altera Lei Maria da Penha....
Luiz Xavier
Capitão Assumção quer reduzir prazos para a adoção de medidas contra o agressor.Tramita na Câmara o Projeto de Lei 6340/09, do deputado Capitão Assumção (PSB-ES), que modifica a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) para acelerar a adoção de medidas urgentes em casos de violência contra a mulher.O projeto reduz de 48 para 24 horas o prazo dado à autoridade policial para enviar ao juiz o pedido da mulher ofendida, com vistas à concessão de medidas protetivas de urgência. Segundo a proposta, o juiz também terá 24 horas (e não mais 48) para adotar as providências cabíveis.O deputado afirma que alguns agressores, mesmo após denunciados, voltam em pouco tempo a cometer atos de violência, inclusive com mais raiva, e chegam a atentar contra a vida da vítima."Os prazos, muitas vezes, podem decidir a vida de alguém, pois a vítima fica à espera das medidas de urgência do juiz", argumenta o autor do projeto.Justiça lentaSegundo o deputado, a redução dos prazos das medidas judiciais visa a resguardar vidas e obter, com menos tempo, medidas necessárias contra o autor das agressões. "Assim, ele não terá tempo de voltar com o intuito de se vingar", prevê.Capitão Assumção cita como exemplo o caso de uma jovem recepcionista de academia, em São Paulo, assassinada pelo ex-namorado em janeiro de 2009. A jovem havia registrado quatro boletins de ocorrência e dois termos circunstanciados contra o acusado, mas isso não foi suficiente para barrar o agressor.TramitaçãoO projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:PL-6340/2009Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro Edição - Pierre Triboli
Balanço do SPM
Foram registrados de janeiro a dezembro do ano passado 401.729 atendimentos, um aumento de 49% em relação ao ano de 2008 (269.977)
A Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), registrou 401.729 atendimentos, de janeiro a dezembro de 2009 - um aumento de 49% em relação ao ano de 2008 (269.977). Parte significativa desse total deve-se à busca por informações sobre a Lei Maria da Penha, que registrou, 171.714 atendimentos, contra 117.546, em 2008, crescimento correspondente a 47%.
Dos 40.857 relatos de violência, a maioria dos agressores são os próprios companheiros. Do total desses relatos, 22.001 foram de violência física; 13.547 de violência psicológica; 3.595 de violência moral; 817 de violência patrimonial; 576 de violência sexual; 120 de cárcere privado; 34 de tráfico de mulheres; 8 de negligência; e 154 outros. Na maioria das denúncias/relatos de violência registrados no Ligue 180, as usuárias do serviço declaram sofrer agressões diariamente (70%).
De acordo com a ouvidora da SPM, Ana Paula Gonçalves, a veiculação em rede nacional da campanha institucional 'Uma vida sem violência é um direito de todas as mulheres', lançada em novembro passado para divulgar o Ligue 180, é um dos responsáveis pelo aumento na demanda, junto a maior divulgação da Lei Maria da Penha.
Melhorias tecnológicas e capacitação dos atendentes também são apontadas como motivos para o acréscimo nos atendimentos da Central. No ano passado, ao completar quatro anos de funcionamento, o Ligue 180 teve sua estrutura de atendimento ampliada, passando de 20 para 50 pontos de atendimento. A Central também passou a funcionar por meio da tecnologia VOIP - Transferência Direta de Chamadas -, que permite sistematizar automaticamente os dados das chamadas recebidas (data, local de origem, hora e duração da chamada).
Chamada Ativa - Foi implementado, ainda, o sistema de "chamada ativa", para a geração de chamadas a partir da Central, viabilizando o acompanhamento das denúncias junto aos órgãos a que estas foram encaminhadas, bem como o monitoramento da Rede Especializada de Atenção à Mulher Vítima de Violência (DEAMs, Centros de Referência, Casas Abrigo, Juizados Especializados, Defensorias da Mulher). Para tanto, a Central contará com 60 canais para geração de chamadas.
Criada em 2005 pela SPM e parceiros, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é um serviço de utilidade pública que presta informações e orientações sobre onde às mulheres podem recorrer caso sofram algum tipo de violência. O atendimento funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados.
Reportagem Jornal Estado de Minas
Sidney Lopes/EM/D.A Press
Integrantes de movimentos populares promoveram ato de indignação na Praça Sete, em BH, contra agressões
Dezenas de mulheres ocuparam na manhã de ontem a Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, indignadas com o assassinato da cabeleireira Maria Islaine de Morais, de 31 anos. Na quarta-feira, ela foi executada com nove tiros pelo ex-companheiro, o borracheiro Fábio Willian Silva Soares, de 30, quando trabalhava no seu salão de beleza, no Bairro Santa Mônica, Região de Venda Nova. O crime foi registrado por câmeras instaladas pela própria vítima, que havia um ano vinha sendo ameaçada de morte pelo suspeito. O advogado Ércio Quaresma entrou ontem à tarde com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça para libertar o borracheiro, preso no Ceresp São Cristóvão.
O que levou as mulheres à Praça Sete, no entanto, foi o fato de a vítima ter registrado oito queixas na Polícia Civil contra o ex-marido, que chegou a ser enquadrado na Lei Maria da Penha e proibido pela Justiça de se aproximar por 200 metros da vítima, mas nada foi feito para salvar a vida da cabeleireira.
Segundo o Movimento Popular da Mulher e a União Brasileira de Mulheres, organizadores do Ato de Indignação contra o Assassinato de Mulheres, no ano passado a Polícia Civil registrou 15.437 queixas de agressões e ameaças na capital, bem mais do que em 2008, que teve 11.505 denúncias, e 2007, com 10.851 ocorrências. As manifestantes simularam um velório na Praça Sete, usando uma boneca. Elas cobriram os rostos com um véu negro, simbolizando o luto pelas várias vítimas que perderam a vida barbaramente.
No ano passado, segundo a Divisão de Crimes contra a Vida, 23 mulheres foram mortas em BH vítimas de crimes passionais. Foram assassinadas na capital 66 mulheres em 2009, o equivalente a 8,1% de um total de 721 homicídios. Em 2008, segundo o chefe da Divisão de Crimes contra a Vida, delegado Wagner Pinto de Souza, dos 844 homicídios, 66 eram de mulheres (7,8%). Em 2007, foram 998 pessoas assassinadas, das quais 81 mulheres (8%).
Há nove meses, a dona de casa Maria dos Anjos Portela, de 55, tenta esclarecer o mistério envolvendo o brutal assassinato da filha, a operadora de telemarketing Telma Portela da Silva, de 35, mãe de um adolescente de 12. O corpo de Telma foi achado em Juatuba, na Grande BH. Ela morava sozinha e saiu de casa para ir a um salão de beleza, no Bairro Santa Amélia, na Região da Pampulha, em BH. “Ela saiu do salão dizendo que ia se encontrar com o namorado, pegou um táxi e voltou para casa. Não sabemos com quem ela saiu de casa”, disse Maria dos Anjos. Segundo ela, a perícia constatou que usaram um objeto cortante para matar sua filha, como uma faca, facão ou foice.
A aposentada Maria da Glória Silva, de 61, do Bairro Lagoa, em Venda Nova, conta que passou 27 anos sendo agredida pelo marido. Ontem, ela foi à Praça Sete para conscientizar outras vítimas da violência doméstica. “Achava que um dia ele fosse parar de me agredir, mas isso não ocorreu. Quando eu vi que ia adoecer, procurei a Defensoria Pública e me separei dele. Há 11 anos, consegui a minha liberdade”, disse. A costureira Ilda Maria de Oliveira, de 69, conta que um ano depois de se casar começou a ser espancada pelo marido. “Ia à delegacia me queixar e eles ficavam rindo da minha cara. Não me esqueço disso. Depois, me separei do marido”, disse a costureira.
Homem detido por maus-tratos
Policiais militares do 39º Batalhão prenderam ontem o vendedor de salgados José Geraldo de Paula, de 45 anos, acusado de manter a mulher, Solange dos Santos Nascimento de Paula, de 30, em cárcere privado, há quase dois anos, numa casa alugada no Bairro Eldorado, em Contagem, na Grande BH. Muito magra e debilitada, a mulher foi levada com quadro grave de desidratação e anemia para o Hospital Municipal de Contagem. Ela não confirmou à polícia que era mantida trancada pelo marido. José Geraldo foi ouvido na 6ª Delegacia Seccional e, segundo o delegado Vitor Kildare Viana Perdigão, ele seria enquadrado no crime de maus-tratos, com omissão de socorro, com pena prevista de três meses a um ano de prisão. O suspeito disse que chegou a marcar uma consulta para Solange, no dia 4, mas ela se recusou a ir ao hospital.
Reportagem do Jornal Hoje em Dia
Indignadas com a não aplicação da lei 11.340/06, representantes dos direitos femininos fizeram protesto na Praça 7
Mateus Parreiras - Repórter - 25/01/2010 - 14:47
Maurício de Souza
Manifestantes simularam um funeral, velando o corpo de um boneco na Praça 7
Indignadas com a não aplicação da Lei Maria da Penha (11.340/06), que impõe medidas de proteção a mulheres ameaçadas, como a cabeleireira Maria Islaine de Morais, 31 anos, morta pelo ex-marido na última quarta-feira (20), representantes dos direitos femininos fizeram nesta segunda-feira (25) protesto na Praça 7.
De acordo com dados da delegacia de mulheres de Belo Horizonte, as ocorrências com vítimas femininas cresceram 42,2% na capital desde 2007, quando a Lei Maria da Penha começou a vigorar. Foram 10.851 registros naquele ano contra 15.437 no ano passado. O aumento foi de 34,1% ante os números de 2008, quando foram instaurados 11.505 procedimentos. Apenas 300 suspeitos foram detidos em flagrante pelas agressões ou por violarem decisões judiciais em 2009.
Em meio a dezenas de pessoas, as manifestantes usaram véus negros sobre as cabeças. Simularam o funeral de uma mulher, velando o corpo de um boneco que teve o rosto tampado por jornais com matérias de vários assassinatos. Recitaram uma oração contra a opressão masculina e o descaso com que as autoridades trataram as oito denúncias de ameaças contra Maria Islaine e as determinações de proteção da Justiça.
O ato foi liderado pela deputada federal pelo PC do B, Jô Morais, e representantes da União Brasileira de Mulheres (UBM) e Movimento Popular da Mulher (MPM). “Não acredito mais em Justiça. Em 10 de abril do ano passado minha filha foi assassinada. Enfiaram uma faca ao lado do olho direito dela e fizeram um corte de 15 centímetros na parte esquerda da testa. Ninguém foi preso e só soube que ela sairia naquele dia com o namorado”, protestava a dona de casa Maria dos Anjos Portela, 55 anos, mãe da operadora de telemarketing Telma Portela da Silva, 35 anos, vítima da violência que participou da manifestação.
De acordo com a deputada Jô Morais, o próximo passo é a marcação de duas reuniões. A primeira delas com o chefe da Polícia Civil, delegado Marco Antônio Monteiro, e uma outra com o desembargador presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Sérgio Antônio Resende. “Temos uma posição muito clara. A Lei não é frágil. O que tem faltado são o Estado e a Justiça aplicarem-na. Vamos conversar com o delegado para saber se há necessidade de mais verbas ou outros recursos para que a segurança das medidas protetivas seja mais efetiva e também do TJMG para saber por que as decisões não são tomadas com rapidez”.
Para a presidente do MPM, Maria Isabel (Bebela) Ramos Siqueira, há falta de efetivo para a quantidade de denúncias e isso incentiva a impunidade. “São apenas cinco delegadas especializadas, para um volume de 15.437 inquéritos registrados no ano passado”, acredita.
Protesto
Cine Clube
Dia 23 – terça-feira – 19 horas – Entre os muros da escolaDireção: Laurent Cantet – França (2008) - 128 minutos Início das aulas. Tudo seria normal se a escola não estivesse em um bairro cheio de conflitos. Os mestres querem oferecer uma educação de qualidade aos seus alunos, mas devido às diferenças culturais - microcosmo da França contemporânea -, esses jovens podem acabar com todo o entusiasmo. François quer surpreender os jovens, ensinando o sentido da ética, mas eles não parecem dispostos a aceitar os métodos propostos. O filme foi vencedor do Palma de Ouro no Festival de Cannes 2008.Debatedor: Gilson Reis - Presidente do Sinpro Minas e da CTB Minas
Haiti
Em solidariedade ao povo haitiano, o Sinpro Minas e entidades de diversos segmentos sociais, como o Movimento dos Sem-Terra (MST), o Movimento Popular de Mulheres (MPM) e a União Estadual dos Estudantes (UEE), lançaram o Comitê Mineiro de Apoio ao Haiti, nesta sexta-feira (29/1), em Belo Horizonte, para recolher doações de roupas e calçados.
Professores, estudantes, jornalistas e outros representantes da sociedade civil participaram do ato, que exibiu um vídeo contendo trechos da realidade vivida no país. Para Vanderlei Martini, da coordenação nacional do MST, é essencial que o Brasil e os outros países envolvidos no processo de reconstrução do Haiti deem condições para que o povo possa se reerguer. Segundo ele, neste momento é necessário doar o básico para a sobrevivência, como roupas e alimentos, mas em seguida “devemos dar apoio político sem ingerência para que a democracia se estabeleça”.
De acordo com o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, a campanha integra os vários esforços que têm sido feitos por diversos países, entidades e cidadãos para ajudar a reconstruir o país. Ele explicou que as doações são para uma fase posterior, quando o país tiver refeito parte de sua infra-estrutura e alcançado a estabilidade. “Precisamos também exigir que os governos de todo o mundo, principalmente os países imperialistas, empenhem esforços para reconstruir o Haiti com dignidade”, afirmou Gilson Reis. As roupas e calçados podem ser entregues às entidades que compõem o Comitê, como o Sinpro Minas, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Minas Gerais (Sinttel), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB/Minas), o DCE da UFMG, entre outras. Em breve, o Sinpro Minas divulgará a relação completa dos locais que estarão recebendo as doações. Sede Sinpro MinasRua Jaime Gomes, 198, Bairro Floresta – Belo HorizonteEmail: sinprominas@sinprominas.org.br Fone: (31) 3115-3000